BENTO ANTÓNIO ALVES MOREIRA - AS FLORES QUE TANTO AMOU!



Tela de uma  xácara de flores dos princípios do século vinte, no Brasil.



NO MEIO DA BELEZA
Naquele Brasil imenso, plantações de café a perder vista, campos e campos infindos de cana de açúcar, florestas verdejantes, algumas impenetráveis, montes e vales, lagoas e rios, ilhas e mar, o paraíso na terra, ali bem cerca do Rio de Janeiro,  que era então a capital desse país com centenas de milhares de emigrantes portugueses e de outros países do mundo, aí mesmo, numa xácara ou quinta de cultivo de flores, se encontrava um bujoense de porte elegante, ar fino, tranquilo e culto, uma pessoa distinta, vinda de uma pobre e distante aldeia, lá dos confins de Trás-os-Montes, em Portugal. Que contraste! Enquanto ali, uma imensidão de espaço onde tudo e todos cabiam, e ainda sobrava para tantos outros, bem longe, na aldeia de Bujões, de onde partira, as pequenas leiras, as hortas e vinhas, os soitos e oliveiras, pequenas e variadas árvores de fruta, ao lado de um amontoado de casas de pedra, sem conforto, telhados negros, ruas e caminhos estreitos, de pedras e fragas, um mundo totalmente diferente em que a pobreza das gentes era o traço comum a que poucos escapavam. O Alto da Serra, as Seixas, o Bodinhal e os fundos da Regada, eram  fronteiras de um círculo estreito, raramente ultrapassadas, em que poucas flores havia, mas sim pequenos campos de milho, centeio ou trigo ao lado de pequenas plantações de batata, tudo rodeado por pinheiros, frondosos castanheiros e um pequeno ribeiro que, encosta abaixo, ia e ainda vai a caminho de Vilarinho e do rio Tanha.   
Quem diria que um bujoense - BENTO ANTÓNIO ALVES MOREIRA - viria de tão longe, decorria o ano de 1910, com a idade de 22 anos, ainda solteiro, para se dedicar ao cultivo e venda de flores, tarefa que ia ao encontro das particularidades mais vincadas do seu carácter e personalidade - a sensibilidade e a paixão.
De facto, no meio daqueles campos enormes, planos e férteis, com chuva em pleno verão,  por virtude do clima tropical, flores lindas que despertavam paixão, ele inebriou-se por essa natureza que o rodeava de tanta beleza e acreditava que o seu esforço iria ser recompensado.
Contudo, o regresso seria breve, porque sentia que  lhe faltava preencher uma parte do seu coração,  e com esse sentimento voltou à sua terra de origem, embora considerasse inesquecível esta  primeira passagem pelo Rio de Janeiro. No fundo, considerou que o seu jardim só estaria completo se, a seu lado, tivesse a flor que Deus fizera crescer para si. E, como adiante poderão constatar, ele iria ter a felicidade de a encontrar pouco tempo depois de regressar.


Uma flor, imagem e nome do Brasil    
 
 
 
 
 
UMA HISTÓRIA COM RAÍZES
A família MOREIRA tem séculos de existência em Bujões, mas recuemos apenas até 31 de Maio de 1818, dia em que foi batizada  na Igreja de S. Pedro, em Abaças uma criança do sexo masculino, BENTO, filho legítimo de Manuel Alves e de Joana Moreira,  todos naturais daquela mesma aldeia.
Padrinhos de batismo: Capitão Bento José da Fraga e sua filha D. Maria Narciza, ambos de Vila Real.
 

31/5/1818 - Bujões -  Registo de baptismo de Bento 
 
  
BENTO ALVES MOREIRA, esse mesmo personagem atrás referido,  apresentou-se naquela Igreja em 12 de Maio de 1874, com quase 56 anos de idade, a fim de contrair matrimónio com MARIA TERESA, de 21 anos, nascida em 27/2/1853, natural da freguesia de Alfarela de Jales. É filha legítima de António Lopes Messias e de Antónia Teixeira da Cunha, indicados como naturais daquela vila, mas sem dúvida que o primeiro é natural de Bujões. 
De facto, António Lopes Messias é filho de António Messias e de Teresa Lopes, conhecida também por Teresa Rodrigues, Teresa de Jesus, ou Teresa Bártolo ou Bértolo, todos naturais de Bujões, onde ele nasceu em 4/8/1823, enquanto que  Antónia Teixeira da Cunha é  filha de Joaquim Teixeira da Cunha e Maria do Loreto, ambos de Alfarela.
O pai de António Lopes Messias, de nome António Messias, casou em 13/11/1822 com Teresa de Jesus e nem chegou a conhecer o filho, uma vez que faleceu em 4/5/1823.
Padrinhos do batizado de Maria Teresa: a Avó, Teresa Lopes, e  o seu segundo marido, António Escaleira, ou António Martins Escaleira ou António Comba, ambos de Bujões. Significa isto que Teresa Lopes, viúva de António Messias, voltou a casar em 12 de Março de 1836 com António Comba. 
Testemunhas presentes no casamento  de Bento e de Maria Teresa: Joaquim Comba, casado, e José Dionísio de Araújo Vilela.
Nota: Joaquim Comba, filho de António Comba, casou com Filomena Ribeiro, filha do Padre Domingos Ribeiro de Araújo e de Maria dos Remédios.
José Dionísio de Araújo Vilela viria a casar com D. Maria Eufrásia de Figueiredo, sendo estes  pais do Sr. Araújo (Artur Ribeiro de Araújo), entre outros filhos.
José Dionísio Ribeiro de Araújo Vilela era irmão de Filomena Ribeiro, também ele filho do Padre Domingos Ribeiro de Araújo e de Maria dos Remédios.
 
Os filhos de Bento Alves Moreira e de Maria Teresa, apareceram naturalmente, alguns já em idade avançada do pai,  e eis os seus nomes:
 
Maria de Jesus, nasceu em 22/6/1875. 
Álvaro, nasceu em 14/2/1878. 
António, nasceu em 9 de Agosto de 1884. Faleceu  em criança.
Bento António, nasceu em 29/6/1887. 
Antónia da Conceição, nasceu em 9/12/1889. 
De assinalar  que o nome da mãe aparece nos registos escrito de modo diferente:  Maria Teresa Lopes Messias, Maria Teresa Teixeira da Cunha, Teresa da Cunha Messias e Maria Teresa Messias. Trata-se, como é obvio, da mesma pessoa, uma vez que estas situações eram, então, muito vulgares.
 
Nota : Bento Alves Moreira faleceu em Bujões em 14/3/1902, com 84 anos.
 
 


Poiares, uma terra de muita gente nobre

 
Entretanto, em Poiares, povoação bem cerca de Bujões,  mas com outro  nível de desenvolvimento, nasceu em 2 de Setembro de 1896, MARIETA,  filha de Caetano de Barros Poiares e de Casimira Preciosa da Trindade, neta pela parte paterna de Manuel Alves Belandrão e Josefa de Araújo Rebelo e pela parte materna de Manuel Augusto Pimenta e de Casimira Rosa.
Foi padrinho José de Barros Poiares e madrinha Dona Josefina Gomes Poiares, representados pelos seus procuradores Carlos da Silva Barreiros e Ana da Silva Barreiros.
 
Poiares-Registo de batismo de MARIETA e os averbamentos posteriores de
casamento, dissolução e óbito.
 
 
Reza a história que, um dia, já regressado do Brasil e então com 26 anos, Bento António Alves Moreira se deslocou a Poiares na companhia do irmão Álvaro Alves Moreira, a fim de visitar  uns amigos deste. O porte daqueles dois irmãos, bujoenses estimados pelo seu aprumo e educação, não passou despercebido a quem estava presente.
E não é difícil adivinhar que na troca de olhares entre Bento e Marieta, então uma linda jovem  de 16 anos, ficou traçado o destino da  vida de ambos, uma vez que a paixão os atingiu com tal intensidade que, poucos meses depois, já estavam presentes no então Posto do Registo Civil de Poiares para oficializarem o matrimónio, momento único e feliz que os uniu para sempre e fez deles um casal inseparável e distinto, de inexcedível simpatia, humildes e profundamente humanos.
E a partir desse momento tão lindo, que ficou registado em foto, o Senhor Bento e a Dona Marieta passaram a residir em Poiares e, mais tarde, em Bujões, alternando grandes períodos no Brasil.
 
Marieta de Barros Poiares e Bento António Alves Moreira, no dia em
que  uniram os corações e as suas vidas para sempre. Em 13/12/1913.
 
 
 
Registo de casamento elaborado no Posto do Registo Civil de Poiares
                                                                                           
                                                                                            

                                                                                                                     

                                                                                                     

                                                                                                                   
1913-BUJÕES. De pedra escura e telhado da mesma cor, a casa da família Alves Moreira. Visível a casa da família Ribeiro Araújo e  a fachada da Capela de Santo Amaro  e, ainda, a varanda da casa de Manuel Botelho e da família Brites Figueiredo. 
 
 
 
   
SURGEM AS PRIMEIRAS FLORES
No dia 31 de Janeiro de 1919, foi solicitado passaporte para o Brasil em nome de Marieta de Barros Poiares, que se fazia acompanhar de sua primeira filha, Noémia de Barros Moreira, de 3 anos de idade, e do primeiro filho, Serafim de Barros Moreira, de 7 meses, nascido em Bujões em 17/6/1918.
Noémia e Serafim eram as primeiras flores que vieram alegrar a vida da Dona Marieta e do Sr. Bento, sendo que Noémia nasceu no Rio de Janeiro quando da primeira viagem do casal, em data indeterminada de 1915.
Em 27 de Setembro de 1921, foi requerido novo passaporte para o mesmo destino, solicitado por Marieta de Barros Poiares, que se fazia acompanhar de Noémia, de 6 anos, de Serafim, de 3 anos, de Estela de Barros Moreira, de 15 meses, nascida em Poiares em 12/6/1920.
Estela,  era a última flor que brotara após uma viagem ao Brasil e que veio nascer na terra natal de sua mãe, regressando ao encontro do pai com apenas 15 meses.
Em seguida, surgiu no lindo jardim de Dona Marieta e do Sr. Bento, Celina de Barros Moreira , que nasceu no Brasil em 12 de Janeiro de 1923.
Aí permaneceram todos durante uns tempos até regressarem a Bujões. Em Janeiro de 1926 mais uma viagem do pai e novo regresso passado algum tempo. A Noémia  permaneceu no Brasil até que, em 1928, nova viagem da família a caminho do Rio,  já o Serafim tinha 9 anos, a Estela 7 anos e a Celina 5 anos.
Neste vai e vem constante, imaginemos as dificuldades da Dª Marieta em cuidar dos seus acompanhantes tão pequenos ainda, em viagens de longos dias, pelo mar fora, umas vezes tendo o marido a seu lado, outras vezes sozinha, ao lado das suas filhas e filho, mas sempre com aquela vontade indómita de mãe corajosa e orgulhosa de prole tão bonita. E sempre vencendo qualquer dificuldade, apoiando o marido que não se adaptava bem ao clima tropical e que, devido a isso, voltava de tempos a tempos a Bujões para se fortalecer e respirar aquele ar puro que soprava das bandas do Marão! 
 
 
Pedido de passaporte em 18 de Janeiro de 1928
 
 
 
E já depois de regressados de vez, nos princípios da década de trinta, ainda havia de surgir a última flor, Maria de Lourdes Barros Moreira, nascida em Bujões em 30 de Abril de 1933, completando assim quatro rosas e um cravo que seriam sempre as flores que embelezavam aquela vida de trabalho e de viagens constantes. E dizem que flores mais lindas não havia e que o jardim florescia dentro do coração do pai e da mãe.
 
Imagem única do ano de 1935 das quatro flores que embelezaram a vida do
 Sr. Bento e Dª Marieta. Falta uma, o filho Serafim, então já a trabalhar no Porto.
 
 
 
 
AS FLORES CRESCERAM
Na pequena aldeia de Bujões, o Sr. Bento e Dona Marieta, personagens respeitáveis, simples, acima de tudo preocupados com a formação das filhas e do  filho, lançaram mãos à obra e ei-los abrindo uma  pequena venda, em que havia de tudo.  O negócio  nunca  poderia ser de grande monta, mas a verdade é que muitos bujoenses encontravam aí o que só poderiam adquirir em Vila Real ou na Régua e não existiam  estradas, quanto mais  transportes.   Ainda existe quem lembre  a simpatia com que eram ali recebidos.
E como a venda  era mesmo ao lado da escola, aí se encontravam os famosos lápis e cadernos que ajudaram a abrir os horizontes a muitos bujoenses e que sempre ouviam uma palavra de incentivo desses dois admiráveis personagens, que se interessavam pelo progresso das pessoas da sua aldeia. Dizemos sua aldeia, porque a Dona Marieta tinha o coração em Bujões, apesar de ter nascido em Poiares.
E, num ápice, o filho Serafim estudou e cresceu, ingressando num Banco na cidade do Porto. Fantástico!
As filhas, tão lindas que eram, logo despertaram paixões e depressa encontraram quem lhes iria preencher a vida. E os casamentos aconteceram e  com isso mais alegria e felicidade  levaram aos corações daqueles dois pais que viram sair do seu jardim aquelas flores que tanto amavam, mas sabiam que elas iriam acrescentar felicidade a quem as escolhera para compartilhar a sua vida! E só elas sabiam a imensa satisfação e orgulho que aqueles maravilhosos pais sentiam!
Noémia de Barros Moreira casou no Brasil com o bujoense Alfredo Messias e desse acontecimento feliz não temos imagem, mas sabemos que tem uma filha no país que tão bem os acolheu.
Serafim de Barros Moreira casou em Poiares, assim como a irmã Estela de Barros Moreira.  
 
 



Casamento da filha CELINA, na Capela do Senhor do Calvário em
Bujões - 6 de Junho de 1945.

 

Casamento da filha MARIA DE LOURDES na Capela do Senhor do Calvário, em Bujões, 27/6/1953.

 
 
 
Noémia de Barros Moreira

 
 
 
 
 
 
 
 
Celina de Barros Moreira
Estela de Barros Moreira
 



                                                                       
Maria de Lourdes de Barros Moreira



                                                              


                                                
                                                       

Serafim de Barros Moreira
                                                   



     
 SAUDADE
Antes do crepúsculo da vida, o Sr. Bento deslocava-se de vez em quando à Rua dos Camilos, na Régua, e num dos cafés existentes  entretinha-se com os amigos numa partida de bilhar, jogo que tanto apreciava e que se adaptava à sua conduta de homem sereno e tranquilo, um autêntico gentleman. A precisão do jogo, em mesa verde fazendo lembrar o tapete relvado de um lindo jardim, a companhia dos amigos, davam-lhe ânimo para ultrapassar as dificuldades na saúde que surgiam a cada passo e que, anos mais tarde, o haviam de confinar ao espaço da sua casa e ao lado da extremosa e fiel companheira de vida, fazendo os amigos o percurso inverso. E nas suas recordações, que eram muitas, como o gosto por um bom jogo de cartas, do quino ou do loto, lá vinha sempre ao de cimo aquela sua paixão pelas flores, aquelas épocas no Brasil, onde alguns bujoenses, como foi o caso do tio Ilídio, receberam a sua ajuda e trabalho, apoio providencial  que lhes permitiu regressar à sua aldeia natal de onde saíram convictos  de que naquele país imenso a sorte lhes iria sorrir facilmente. Pura ilusão!
Enquanto isso, em Bujões, a Dona Marieta com um temperamento mais extrovertido e alegre, não dispensava a leitura do jornal nem os programas da rádio, mantendo-se sempre atenta ao que se passava no Mundo, numa época em que a guerra civil espanhola e a 2ª grande guerra eram fonte de tanta preocupação.
Mas, naquele pequeno mundo da aldeia, a labuta diária, o trato das terras e a educação das filhas e filho, eram as grandes causas porque lutavam aqueles pais e sempre alcançaram os seus desejos, não dispensando a ajuda dos seus vizinhos, moradores mesmo defronte à sua casa, na velhinha Capela de Santo Amaro. De facto, a fé sempre fez parte das suas vidas!
E vejam agora como o mundo é pequeno, pois tantas vezes me dirigi à casa da Dona Marieta e chamando por ela, sempre a resposta pronta e inteira disponibilidade e simpatia, mesmo que lhe interrompesse a leitura de revistas de fotonovelas que tanto apreciava:
-  Dona Marieta! Oh Dona Marieta!...
-  Que queres meu filho?...
- Oh senhora Dona Marieta, a minha mãe mandou-me pedir-lhe uma cebolinha e  umas folhas de couve para fazer uma sopinha...
- Espera aí meu filho ... toma lá e leva para a tua mãe...
Nunca aquela bondosa senhora deixava de ajudar os mais necessitados e sempre  sorridente e carinhosa na sua dádiva. E eram vários os que lhe batiam à porta!
E se isso não fosse já suficiente para definir o seu carácter e humanismo, notem, ainda, que durante anos e anos, sem nada pagar, o Sr. Bento, idêntico nos seus sentimentos de solidariedade, cedeu uma casa a meu pai para vivermos. E quando dele me despedi para ingressar num Banco, tal como seu filho fizera muitos anos antes, ele me deu uma moeda para a viagem e um bom número de conselhos.
Quem pode esquecer isso?
Tal ato, tal desprendimento, mais acentua em nós o sentimento de gratidão para com estes dois bujoenses de alma caridosa e que repartiam não por terem muito, mas sim porque  naquele meio de tanta necessidade, eles, com um pouquito mais, cumpriam os princípios bíblicos expressos nesta frase admirável e, por vezes, tão esquecida; "Quem dá aos pobres, empresta a Deus!"
Estamos certos que quando Deus os chamou para junto de si, ao Sr. Bento em 21 de Outubro de 1968, e à Dona Marieta em 17 de Abril de 1971, receberam imediatamente a recompensa divina descansando para sempre naquele jardim imenso de flores, na companhia de todos aqueles que de tempos a tempos se lhe juntam, por vontade  de Deus. E todos eles vão intercedendo para que as flores que ainda continuam viçosas e a embelezar este nosso mundo, continuem por muito tempo e  venham um dia a unir-se no mesmo bouquet lindíssimo de quatro rosas e um cravo que  preencheram a alma e o coração daquele casal tão distinto. Afinal, essas sim, as flores que um e outro tanto amaram!

BENTO ANTÓNIO ALVES MOREIRA e MARIETA DE BARROS POIARES, dois bujoenses de bom coração que não só deixaram imensa saudade a tantos conterrâneos, como aos inúmeros familiares seus descendentes que neles viam espelhados os exemplos de simplicidade, fraternidade, sabedoria, retidão, franqueza, carinho e amor. Ideais puros que lhes assentam sem mácula, porque era assim a essência do seu carácter. Nasceram, cresceram, amaram e sofreram, afinal, como quase todos, mas na hora de partilhar  e demonstrar bondade, eles eram de facto muito diferentes, solidários,  simples como os mais simples, educados e educadores como ninguém. Um exemplo, memória que não pode ficar esquecida.
E nesta foto final de um abraço entre todos os irmãos, o cravo e as rosas do Sr. Bento e da Dona Marieta, juntos na sua cozinha da casa de Bujões, está afinal a magia de quem também soube transmitir ideais tão nobres aos seus queridos descendentes e a todos aqueles que já são sementes de tão esplendorosas flores!
 
 
 
 
Estela, Serafim, Noémia, Maria de Lourdes, Celina.
 
 
 

 
 
 
 Março de 2013
 
Blogue Bujões-Memórias e Personagens
 
Nota: OBRIGADO por ter tido oportunidade de deixar para sempre esta página sobre dois bujoenses que marcaram positivamente a minha infância e a vida de meus pais.
                                                       
 



 
 
 
                                                                              
 

3 comentários:

  1. Adorei o artigo. Muito bem redigido e com dados históricos verídicos. Como membro desta família e natural de Bujões agradeço este relato.
    Maria Celina Barros Lacerda Moreira
    Quinta Seara d'Ordens
    Poiares

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  2. Gostei muito!!! Sou neta do irmão da tia Marieta, Caetano de Barros Poiares (filho) da Quinta da Mó - Poiares. E sou afilhada de baptismo da Celina filha da tia Marieta. Numa das fotos de um dos casamentos as crianças que lá estão sentadas são as minhas tias e minha mãe Margarida Amaral de Barros.
    O meu nome M.Paula Amaral de Barros Teixeira da Rêde Vale

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  3. Obrigada!

    Margarida Lacerda (neta de Celina Barros Moreira)

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